2 de junho de 2011

sustentar uma sangha forte


"O que podemos fazer para sustentar uma Sangha forte? Primeiro, temos de entender que praticar o Dharma significa corrigir nossas próprias faltas, mudar nossas próprias mentes. Como seres humanos, todos nós temos falhas. Assim como as irmãs e irmãos de uma grande família têm de aprender como lidar uns com os outros, nós também temos de aprender como ajudar e apoiar um ao outro na Sangha. Se estivéssemos segurando nossas mãos para ajudarmos um ao outro a atravessar um rio, e se então uma pessoa afundasse, não o deixaríamos lá; iríamos puxá-lo e só então continuaríamos.




Simplesmente ouvir os ensinamento do Dharma não é suficiente para nos transformarmos completamente. Os ensinamentos têm de ser implementados, e começamos aumentando nossa compaixão. Se alguém na Sangha for rude conosco, ao invés de respondermos do nosso modo habitual — sendo raivosos, sarcásticos, danosos ou mantendo rancor —, nós praticamos a compaixão. Como praticantes do Dharma, trazemos nosso entendimento do karma para suportarmos situações difíceis, reconhecendo que alguém que perturba os outros está criando não-virtude. Ao invés de sermos críticos, tentamos ajudar e deste modo criamos virtude. E quando cometermos erros, purificamos o karma que criamos.



Há horas em que ficamos perturbados ou irritados. Às vezes, nosso corpo está cheio de coisas. Às vezes, nossas energias sutis estão fora de equilíbrio e nossa mente está agitada. Às vezes, apenas acordamos do lado errado da cama. Precisamos reconhecer que este turbilhão emocional não é permanente, que isso passará, como as nuvens no céu — e então pacientemente deixe isso ir. Não devemos adicionar combustível ao fogo. Se uma pessoa irritante disser algo aborrecedor, devemos permanecer pacientes e manter o respeito. Não devemos prolongar ou nem mesmo tentar corrigir a situação, e ao invés disso devemos esperar a pessoa se acalmar e então tentar conversar sobre essas coisas. Sempre precisamos focalizar sobre como podemos ajudar os outros, não sobre como podemos beneficiar a nós mesmos." Chagdud Tulku Rinpoche