24 de outubro de 2011

Blog Samsara - Conflitos sem raiva


Blog Samsara - Conflitos sem raiva


Posted: 24 Oct 2011 07:26 AM PDT
Chagdud Tulku Rinpoche (Tibete, 1930 – Brasil, 2002):
Pode parecer que obtemos mais energia da raiva do que da paciência. De fato, podemos nos viciar nessa energia, mas ela não dura. Se deixar levar pela energia da raiva é como tomar um drink para se acalmar; como você não chega realmente à origem da ansiedade, acaba bebendo mais um copo, e mais cedo ou mais tarde, fica viciada.
Para lidar com os conflitos sem raiva e com tato, é preciso saber como se valer das reservas mais profundas de compaixão. Conseguiremos proteger melhor os outros quando formos pacientes e amorosos. A paz interior se expressa externamente e afeta a todos ao nosso redor.
Se estivermos tomados pela fúria, não poderemos ajudar. A energia da raiva permeia tudo, como um cheiro pútrido. Sua influência vai além da vítima, da testemunha e do agressor. A raiva nos deixa rígidos, apegados demais ao nosso ponto de vista e nos faz perder as qualidades de pacificadores. A nossa paz interior cede à tensão da raiva, as pessoas que trabalham conosco sentem isso e seremos menos eficazes.
É necessário oferecer a todos os envolvidos o benefício de uma compreensão mais profunda, um modelo de amor e compaixão. Assim, conquistaremos a confiança das pessoas; seremos mais influentes e capazes de protegê-las.
“Para abrir o coração”, I | 4
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Inutilidade da raiva
  2. Dissipar a raiva
  3. Assassinar a raiva

23 de outubro de 2011

Blog Samsara - Culpe apenas uma coisa

   

Blog Samsara - Culpe apenas uma coisa


Posted: 14 Oct 2011 10:13 AM PDT
B. Alan Wallace (EUA, 1950 ~):
Culpe apenas uma coisa. Isso simplifica a vida incrivelmente, e mesmo assim não é nem um pouco simplista. Se acreditarmos de coração que todos nossos infortúnios podem ser atribuídos ao centramento no eu, isso vai transformar radicalmente nossas vidas.
Temos receio disso? Não há uma parte da mente que diz o seguinte? “Centramento no eu não é uma coisa tão ruim. Foi o que me deu meu trabalho, um bom salário, minha casa e meu carro. Como isso pode ser um inimigo?”. Na superfície, o centramento no eu pode parecer um aliado que olha por nossos interesses.
Há uma resposta poderosa para esse ponto: enquanto o centramento no eu dominar nossas vidas, ele nos coloca em conflito com praticamente todas as outras pessoas. Como a maioria das pessoas está dominada pelo centramento no eu, seus interesses entram em conflito com os nossos. Certamente haverá conflito, e conflito faz surgir o sofrimento.
Imagine como seria a vida sem o centramento no eu. Será que doaríamos todos os nossos bens, definharíamos desnutridos e morreríamos prematuramente com alguma doença? Não. Isso seria a combinação de uma pequena parte de ausência de auto-centramento com uma parte enorme de estupidez. Para servir aos outros de modo eficaz, precisamos cuidar de nós mesmos. Um bodisatva não tem nenhum centramento no eu, mas há pessoas com todo tipo de ocupação — incluindo reis — que são bodisatvas.
Se nos livrarmos do auto-centramento e realmente nos preocuparmos em apreciar os outros, então o nosso próprio bem-estar vem junto, como se fosse um eco.
“The Seven-Point Mind Training”
(Dharma Quote of The Week – Snow Lion, 13/10/2011)
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Apenas conhecer o Dharma é inútil

Blog Samsara - Percepção pura imparcial

   

Blog Samsara - Percepção pura imparcial


Posted: 12 Oct 2011 04:11 PM PDT
Tsele Natsok Rangdröl (Tibete, séc. XVII):
Treine em percepção pura imparcial e não deprecie os outros! Reconheça suas próprias falhas e não medite sobre os defeitos dos outros! Como o ponto vital de todos os ensinamentos repousa em sua própria mente, sempre examine sua natureza!
“Mirror of Mindfullness”
“As últimas palavras de Tsele Natsok Rangdrol”
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Textos relacionados:
  1. Percepção pura
  2. Não se apegar ao que surge…
  3. Ilusão da percepção

Blog Samsara - Show transitório sem fim

   

Blog Samsara - Show transitório sem fim


Posted: 10 Oct 2011 12:24 PM PDT
Joseph Goldstein:
Sendo sujeitos à mudança, por que procuramos o que também está sujeito à mudança? Embora possamos ver e compreender, em algum grau, a futilidade de buscar satisfação em coisas que — devido à sua própria natureza — não duram, nos encontramos com frequência vivendo nossas vidas apenas esperando pela próxima grande experiência; tanto faz se são as próximas férias, o próximo relacionamento, a próxima refeição ou até mesmo a próxima respiração.
Nós nos inclinamos e ficamos eternamente amarrados na antecipação. Refletir sobre, e observar diretamente a impermanência nos lembra de novo e de novo que toda experiência é apenas parte de um show transitório sem fim.
Meu primeiro professor do dharma, Anagarika Munindra, costumava nos perguntar: “Onde está o fim de se ficar vendo, saboreando ou sentindo?”. Claro que não há nada de errado nessas experiências; elas simplesmente não têm a capacidade de satisfazer nosso anseio profundo por felicidade.
O maravilhoso paradoxo do caminho espiritual é que todos esses fenômenos efêmeros que — como objetos de nosso desejo — nos deixam insatisfeitos, enquanto objetos do estado desperto se tornam o próprio veículo do despertar. Quando tentamos tomar posse e agarrar experiências que são transitórias por natureza, acabamos no final sempre insatisfeitos. Mas quando olhamos com atenção plena a natureza de constante mudança dessas mesmas experiências, não ficamos mais tão possuídos pela sede do desejo. Por estado desperto me refiro à qualidade de prestar atenção completa ao momento, se abrindo para a verdade da mudança.
Então não é uma questão de fechar nossos sentidos e se retirar do mundo, mas de abrir nosso olho de sabedoria e viver livre no mundo.
“One Dharma”, cap. 3
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Realização espiritual
  2. Experiências de meditação
  3. Desejos hábeis

Blog Samsara - Beleza total


Blog Samsara - Beleza total


Posted: 07 Oct 2011 10:48 AM PDT
Chogyam Trungpa (Tibete, 1939 – Canadá, 1987):
Se incluirmos tanto a beleza da dor quanto a beleza do prazer, podemos questionar qual o sentido então de falar de beleza. A resposta é que beleza aqui significa completude, totalidade — a experiência completa. Nossa vida está completamente preenchida, mesmo se estivermos totalmente entediados. O tédio cria solidão e tristeza, que também são bonitos. Beleza nesse sentido é a experiência total das coisas como elas são.
“Ocean of Dharma”
(Ocean of Dharma Quotes of the Week, 06/10/11)
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Sacralidade e beleza do mundo
  2. Lidar com o tédio
  3. Experiência em primeira mão

Blog Samsara - Praticar o Dharma hoje

Blog Samsara - Praticar o Dharma hoje


Posted: 03 Oct 2011 06:26 AM PDT
Longchenpa (Tibete, séc. XIV):
Você está considerando sua vida como algo real, mas isso vai te enganar.
Sua natureza está mudando e ela não tem nenhuma realidade.
Ao compreender seu caráter não confiável,
Por favor, pratique o Dharma começando exatamente hoje.
Mudança é a natureza dos amigos, como uma reunião de convidados.
Eles se juntam por um tempo mas logo se separam para sempre.
Ao se libertar do apego aos amigos,
Por favor, pratique o Dharma que te beneficia para sempre.
Bens são como o mel que escorre assim que você pega.
Embora você tenha trabalhado para adquiri-los, outros vão desfrutar deles.
Agora, enquanto você pode, invista no sustento de suas vidas futuras,
Ao acumular mérito com doações e caridade. [...]
Pessoas são impermanentes como grupos de visitantes que chegam cedo ou tarde.
Os idosos se foram mais cedo. Os jovens irão mais tarde.
Pessoas do presente, nenhuma delas viverá por mais cem anos.
Por favor, compreenda a natureza da impermanência neste exato momento.
As aparências desta vida surgem como os eventos do dia de hoje.
As aparências do estado intermediário [entre vida e morte] surgem como os sonhos da noite.
As aparências da próxima vida surgem tão rápido quanto o amanhã.
Por favor, pratique o Dharma neste exato momento. [...]
“Masters of Meditation and Miracles”, citado por Tulku Thondup.
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Quando praticar
  2. O Dharma de esvaziar escarradeiras
  3. Conhecer o Dharma não basta

Blog Samsara - Quem realmente é esse “você”

   

Blog Samsara - Quem realmente é esse “você”


Posted: 28 Sep 2011 06:58 AM PDT
B. Alan Wallace (EUA, 1950 ~):
Do ponto de vista psicológico moderno, destruir o inimigo da centralidade em si pode parecer uma fragmentação radical da individualidade. A noção de que alguns processos mentais (a generosidade, a abertura e a alegria) são aceitáveis, ao passo que outros (o principal sendo “o grande demônio”, a centralização em si) devem ser exterminados, parece uma antítese do ponto de vista psicológico moderno da aceitação de si mesmo e da integração.
Entretanto, o tema psicológico moderno da aceitação de si mesmo global e a atitude guerreira budista tibetana da aniquilação completa do inimigo podem não ser tão diferentes quanto parecem a princípio. Por exemplo, quando você fica gripado, nunca pensa: “Esta gripe é parte de mim. Devo me abrir para ela!”. O vírus da gripe não é você, é um elemento estranho que invadiu seu corpo e está lhe fazendo mal.
Similarmente, as aflições mentais, todas elas, não são constituintes inatos da sua mente. Habitual, sim; inato, não. Você pode se aceitar e reconhecer que existem invasores de mente, assim como existem vírus que invadem o corpo.
Quando você ponderar sobre isto, considere: quem você é realmente? Além das suas aflições mentais, da sua história pessoal, das virtudes e dos talentos que adquiriu, do seu corpo e do seu comportamento — nenhum dos quais é você —, que “você” resta disto? Antes de abraçar sinceramente a ideia de se aceitar como você é, seria uma boa idéia descobrir quem este “você” é.
“Budismo com Atitude”, cap. 3
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Quem realmente somos
  2. Quem sabiamente nos reprova
  3. Esse longo sonho chamado vida

Blog Samsara - Examinar nossas motivações

Blog Samsara - Examinar nossas motivações



Posted: 25 Sep 2011 06:23 AM PDT
Joseph Goldstein:
Devido ao importante papel da motivação para os resultados de nossas ações, se torna essencial sabermos de verdade quais são nossas motivações. Isso não é fácil. Precisamos de coragem, honestidade e vontade muito fortes para olhar dentro de nossos corações.
Se continuarmos inconscientes, simplesmente executamos os hábitos do nosso condicionamento. Sem saber quais são nossas motivações, temos pouca chance de abandonar as motivações inábeis ou de desenvolver sabedoria genuína.
Um ensinamento diz que se pudéssemos escolher entre tomar um café da manhã, achar uma grande quantidade de dinheiro ou encontrar alguém que possa apontar nossos defeitos com precisão, a última opção seria a mais valiosa para nós. Esse é o benefício do auto-conhecimento e, ainda assim, quantos de nós fariam essa escolha?
Durante muito tempo em minha prática de meditação, ficava embaraçado e envergonhado quando via condições prejudiciais em minha própria mente, condições como orgulho ou inveja, má vontade ou egoísmo; e em vez de analisá-las e trabalhar para me libertar delas, eu ficava me julgando, descendo ainda mais fundo no buraco. Ou então sentia que estavam me julgando e ficava infeliz quando meus professores ou outras pessoas apontavam em mim esses estados prejudiciais da mente.
Mas após anos de prática, consigo me sentir grato quando observo esses padrões inábeis surgindo, porque agora prefiro vê-los do que não vê-los. Isso se torna mais uma chance de me soltar desses padrões, ver a transparência essencial deles, e abandonar o fardo que eles representam.
“One Dharma”, cap. 3
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Examinar nossa própria mente
  2. Quem nossas ofensas ferem
  3. Examinar os ensinamentos

Transformação de Dentro para Fora

Posted: 14 Oct 2011 04:31 PM PDT
Muitas vezes dizemos que seres humanos são “bichos de relação”. Temos a vida norteada e sustentada por relações de todos os tipos: afetivas, profissionais, familiares, espirituais. Relações do passado, presente e futuro parecem construir nossas histórias. Muitas vezes nos sentimos marcados e até nos definimos a partir das relações. Conversamos sobre elas nas rodas de amigos, consultórios, escolas, no trabalho, na folia… Segredos, momentos de alegria e êxtase, noites insones… Ah, as relações… Como tranformá-las?
Olhando de modo mais honesto, a maioria delas talvez tenha um tom utilitário. Oferecemos uma lista de necessidades a alguém, que nos oferece lista semelhante e negociamos. “Ok, amo você, aceito fazer o que me pede, caso você cumpra isso e mais aquilo…” E seguimos, entre pequenas alegrias e grandes frustrações. Parece um jeito pouco hábil de ser feliz.
S.S. Dalai Lama nos lembra que todos aspiramos encontrar a felicidade e ultrapassar o sofrimento. Será que podemos amar de modo mais profundo, tecer relações mais saudáveis, afinadas com nossas aspirações de felicidade?
Uma das práticas mais comoventes que o budismo nos oferece é Metabhavana – Meditação do Amor Universal. Tal prática tem se mostrado uma preciosa ferramenta que opera em nossos corações e mentes, gerando espaços por vezes inusitados.
A partir dessa prática geramos mundos nos quais as relações saudáveis e lúcidas são possíveis. A partir de ambientes sutis, descobrimos novos caminhos, novos modos de tecer as relações. Focamos cada pessoa, incluindo a nós mesmos, as árvores, os bichos… “Que meu filho seja feliz e ultrapasse o sofrimento. Que encontre as causas da felicidade e ultrapasse as causas do sofrimento. Que seus automatismos se dissolvam e surja nele um olho de lucidez instantânea diante de tudo e de todos. Que ele seja capaz de gerar benefícios aos outros e encontre nisso sua fonte de energia”.
“Que meu filho seja feliz”. Parece incrível, mas raramente temos essa visão. Sentimos que amamos muito nosso filho, mas geralmente aspiramos que ele “se dê bem na vida”, que nos respeite, ou algo semelhante. De modo aparentemente “natural”, surgem em nossa mente algumas – ou muitas – condições que consideramos necessárias para seu bem-estar, vitórias, conquistas, etc. E se tais condições não se manifestam, a relação desanda, a comunicação fica comprometida e a lucidez nos falta. Olhar para o próprio filho a partir de outros referenciais pode transformar por completo uma rede de relações ligadas ao passado, presente e futuro. Descobrimos que nossas necessidades de controle, e todas as negociações e estratégias de controle podem cessar. A vida fica mais simples. As relações saudáveis vão surgindo aqui e ali, e um novo tecido humano se torna possível.
A prática de Metabavana, aparentemente simples, tem restaurado relações de modo surpreendente. Funciona. Não porque usamos palavras mágicas, mas porque nosso olhar constrói. Revela a co-emergência operando. Mas isso já é outra história. Melhor experimentar. E se preparar para amar de modo mais profundo. Que todos sejam felizes!
Posts relacionados:
  1. Proteger de dentro pra fora: sobre o blog “Meditando com as crianças”
  2. A meditação e seus pequenos milagres
  3. Conselho precioso de Alan Wallace

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Fé é um modo de compreender

Joseph Goldstein:
[...] fé não é uma escolha que fazemos, mas um modo de compreender.
“Fé”, “devoção” e “confiança” são todas traduções da palava pali saddha. Todos esses termos se referem àquele sentimento que abre a mente e o coração para o que está além das nossas preocupações e desejos usuais do ego; saddha nos abre para o que é maior do que nós mesmos, para a possibilidade de liberdade.
A fé se torna tanto nossa inspiração inicial para praticar e explorar quanto o que sustenta nossos esforços contínuos.
“One Dharma”, cap. 4

Nada além de rótulos

Detalhe de "Nature of Mind", painel 6, Alex Grey
Sutra Guirlanda de Flores:
Os fenômenos não têm nenhuma função
Nem natureza individual;
Assim, todos eles
Não têm conhecimento um do outro.
Como as águas de um rio,
Seus fluxos correm perto,
Cada um inconsciente do outro:
Assim é com todas as coisas.
Também é como uma grande fogueira,
Chamas brilhantes explodem juntas,
Cada uma inconsciente da outra:
Os fenômenos também são assim.
Também como um ventania contínua,
Os ventos soprando e ressoando em tudo que tocam,
Cada um inconsciente do outro:
Assim é com todas as coisas.
Também como as várias camadas da terra,
Uma sobre a outra,
E ainda assim cada uma inconsciente das outras:
Os fenômenos são todos assim.
Olho, ouvido, nariz, língua, corpo,
Mente, intelecto, as consciências dos sentidos:
Com isso, a pessoa sempre vaga em círculos,
Embora não haja ninguém nem nada que vague em círculos.
A natureza das coisas é fundamentalmente sem nascimento,
Embora aparentem ter nascimento;
Aqui não há nenhum revelador,
E nada sendo revelado.
Olho, ouvido, nariz, língua, corpo,
Mente, intelecto, as consciências dos sentidos:
Todas são vazias e sem essência;
A mente iludida as concebe como se existissem.
Vistas como realmente são,
Todas as coisas não têm natureza inerente.
O olho da realidade não é conceitual:
Essa visão não é falsa.
Real ou irreal,
Falso ou não falso,
Mundano ou transmundano:
Não há nada além de rótulos.
“Um bodisatva pede esclarecimento”
Sutra Guirlanda de Flores (Avatamsaka), livro 39
“Flower Ornament Scripture”

Bon Odori

Bon Odori

Bon Odori (em japonês: O-bon お 盆 ou simplesmente Bon 盆, Bon Odori) é um festival que ocorre anualmente durante o verão (entre júlho e agôsto, no Japão - verão nórdico), sempre após o pôr do sol, pois prevalece a crença de que os espíritos somente saem durante a noite.

Cada localidade escolhe uma data específica para fazer os seus festejos durante esse período.

Festival de tradição budista, tem as suas origens na China. Durante o Bon celebram-se as almas dos antepassados com danças em grupo e levando-se lanternas acesas saudosamente lembrando da sabedoria dos antepassados.

Apesar de análogo ao dia dos finados, durante o Bon são tocadas músicas tradicionais alegres e, sobretudo, predomina um clima de jovialidade, gratidão e participação geral. Muitas famílias aproveitam a oportunidade para se reencontrarem durante o Bon, voltando das grandes cidades aos seus lugares de origem.



Conta-se que o Bon Odori surgiu com um discípulo de Buda, chamado Mokuren. Com uma força de inspiração extraordinária, Mokuren tornou-se capaz de ver qualquer recanto do mundo, descubrindo sua falecida mãe no mundo das trevas. Triste, procurou por Buda no intuito de salvá-la.

Para Buda, o recurso seria reunir todos os monges para fazer a maior oferenda possível. Feito isso, a mãe de Mokuren foi salva e renasceu no mundo da paz. Feliz, Mokuren inicia a dança que se transformaria no que hoje é conhecida como Bon Odori, expressão de alegria e paz.


Expressão de Cultura Milenar

O Bon Odori – Festival de dança, música e culinária japonesa – tem como principal objetivo divulgar a cultura japonesa, estreitando os laços de amizade entre Brasil e Japão.

Esta, é uma das mais belas festividades da milenar cultura japonesa. É no Bon Odori que reverenciamos os nossos antepassados, tanto na parte religiosa/espiritual (bon) quanto na parte festiva (odori). Desta forma, o Bon Odori é a expressão da alegria e da paz entre a terra e o céu.

O Bon também é celebrado nas comunidades de imigrantes japoneses e seus descendentes e amigos fora do Japão como nos estados de Oregon, Washington e na Califórnia, nos Estados Unidos, e São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e em Brasília, no Brasil.

Na cidade de Goiânia, capital de Goiás, a Associação Nipo Brasileira de Goiás (ANBG) que congrega hoje cerca de 500 famílias espalhadas nas diversas atividades sócio-econômicas do Estado, promove um dos mais bonitos festivais Bon Odori do País.

















Fontes:
Associação Nipo Brasileira de Goiás (ANBG

21 de outubro de 2011

ATENDIMENTOS NO TEMPLO


Terapias Alternativas saúde e Bem estar:


Tratamento da dor,do stress,miosites,artralgias,cefaleia idiopatica, bursites,tendinites,ciatalgia,lombalgia,tratamento da hernia de disco,ansiedade, depressão,pé diabetico,cicatrização de feridas,etc... por :

Acupuntura sistêmica

Acupuntura Auricular

Acupuntura na estetica(Tratamento de rugas de expressão,celulites,estrias)

Laser acupuntura

Ventosaterapia
Moxabustão

Orientação dietetica chinesa

Florais

Tecnicas manipulativas :
Shiatsu
Reflexologia
Fisioterapia:
Liberação miofacial
Drenagem linfatica
Laserterapia
Vacuoterapia
Método Kabat
Marque uma consulta para saber qual seu desequilibrio energetico, traçando o melhor tratamento ao seu caso.

*Agende sua consulta: 9409-5502                                           
                                              3234-5755

 Shirley de Sonohara
Fisioterapeuta - acupunturista
crefito 28451F
http://lattes.cnpq.br/4418783376047093 




17 de outubro de 2011

Blog Samsara - Desembaraçar-se do insatisfatório



Posted: 17 Oct 2011 08:03 AM PDT
Matthieu Ricard (França, 1946 ~):
[...] A renúncia, pelo menos se considerarmos como os budistas usam esse termo, é um conceito muito mal interpretado. Não se trata de abrir mão daquilo que é bom e belo. Como isso seria tolo! Trata-se de desembaraçar-se daquilo que é insatisfatório e mover-se com determinação em direção ao que mais importa. Isso é uma questão de liberdade e significado: libertar-se da confusão mental e das aflições autocentradas e encontrar o propósito das experiências por meio do insight e da bondade amorosa.
“Felicidade”
Eventos:

Textos relacionados:
  1. Questão de treino

9 de outubro de 2011

Dipamkara Maceió


Posted: 08 Oct 2011 10:48 AM PDT



Olá a todos, esperoque vocês estejam bem e felizes e, se não tão felizes, perguntem-se por que não,visto que ambas, a causa da felicidade e a causa da infelicidade, estão dentro de sua própriamente - em nenhum outro lugar. Quando falamos de umcaminho espiritual, ele deve ser um caminho que trabalhará para nós - issosignifica um caminho que pode ser utilizado em nossas vidas diárias.

Pelo menos 80 por cento do que você estuda e prática deve ser baseado nas situações da vidadiária. É a sua interação com a própria vida. Você pode ver como isso funcionapor meio de seus próprios hábitos e tendências, e como você reage ao mundofenomênico em torno de você a cada momento.

Os outros 20 por cento podemos inserir no reino da possibilidade. De que modo as coisas podem mudar, se nós fazemos a mesma coisa em nossas vidas, embora a maioria do caminhoprecise de um retorno ao que está realmente acontecendo aqui e agora, e trabalhar com isso (?). De outro modo, nossa vida e nossa prática tornam-se duas questõesseparadas, e não estamos fazendo uso da oportunidade presente, visto que asmutáveis aparências continuamente surgem.

Não temos tempo a desperdiçar, não há tempo a se perder nas infinitas elaborações que podem serapresentadas a nós como o nosso caminho. Pergunte a si mesmo: para onde a suaabordagem do caminho está levando você e se ele está funcionando para você, tantoquanto mudando a maneira como você vê a vida ou não. Talvez se não tomarmoscuidado, nosso caminho, que foi concebido para libertar-nos - para liberar-nos, emvez disso, acabará aprisionando-nos, porque não sabemos como usar as ferramentascorretamente.

Tenha certeza que o seu caminho é realmente em direção à terra, o nível da pia da cozinha - e não apenas ficar perdido na magia e no mistério que podem parecer tão sedutores, mas podem ser uma armadilha, se não se sabe como usar estes métodos, por vezes elaborados, que nos são apresentados.

O que estamospraticando aqui neste retiro, poderia ser dito que é um caminho sem anestésicos - apenasver o que surge - aceitando sem colocar qualquer valor nas coisas, sem darnenhuma objetividade para qualquer fenômeno - removendo o combustível do fogoda ilusão e confusão, para que o "assim como é" de qualquercoisa que surja, revele-se mais e mais.
 
Nenhum lugar para correr, nenhum lugar para se esconder, basta olhar para ver como criamos as causas e condições para a nossa felicidade e infelicidade. Cabe a nós encontrar a genuína felicidade e libertação - é nosso patrimônio esta básica liberdade que é nossa própria natureza.  

Amor a todos, Ani Zamba. 

(Mensagem de Ani Zamba em 6 de outubro de 2011, publicada em anizamba.org)

Em Inglês:
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