4 de outubro de 2010

Forma e Vacuidade


Forma é aquilo que está lá antes de projetarmos nossos conceitos. É o estado original “daquilo que está aqui”, as qualidades coloridas, vívidas, impressionantes, dramáticas e estéticas que existem em toda situação.
Forma pode ser uma folha de bordo caindo da árvore e pousando no rio da montanha; pode ser a luz plena do luar, uma sarjeta na rua ou um monte de lixo. Essas coisas são “o que são”, e de certo modo são todas a mesma coisa: são todas formas, são objetos, são apenas o que são.
Avaliações sobre elas são criadas somente depois em nossas mentes. Se realmente olharmos para essas coisas como elas são, são apenas formas.
Então, forma é vazia. Mas vazia de quê? Forma é vazia de nossas pré-concepções, vazia de nossos julgamentos.
Chogyam Trungpa (Tibete, 1939 – Canadá, 1987)
“The Heart Sutra: Translations and Commentary”
Tricycle’s Daily Dharma, 30/09/2010