29 de outubro de 2010

Compaixão Ativa

Avalokiteshvara


Compaixão não é a verdadeira compaixão, a menos que esteja ativa. Avalokiteshvara, o Buda da Compaixão, é muitas vezes representado na iconografia tibetana, ter mil olhos que vêem a dor em todos os cantos do universo, e mil braços para alcançar todos os cantos do universo para estender a sua ajuda.

28 de outubro de 2010

Verdadeira Liberdade

Liberdade significa ser capaz de escolher como reagir às coisas. Quando a sabedoria não está bem desenvolvida, ela pode ser facilmente obscurecida pelas provocações dos outros. Nesses casos, podemos ser exatamente como animais ou robôs.
Se não há nenhum espaço entre o estímulo ofensivo e sua reação condicionada imediata — a raiva — então na verdade estamos sob o controle dos outros.
O estado desperto abre tal espaço e, quando a sabedoria está lá para preenchê-lo, a pessoa é capaz de responder com paciência. Não é que a raiva seja reprimida, ela nem chega a surgir.
Andrew Olendzki
Tricycle, inverno de 2006 (Tricycle’s Daily Dharma, 27/11/2009)

26 de outubro de 2010

Assistam

Brilliant Moon – o documentário



Em comemoração ao centenário do nascimento de Dilgo Khyentse Rinpoche, um DVD maravilhoso foi produzido em sua homenagem. A distribuidora, baseada em Nova Iorque, Kino Lorber, Inc. e a Label House, a House of Film, adquiriram os direitos de distribuição do video-autobiografia do grande mestre e que logo chegará ao mercado.







Um dos mais lindos e emocionantes documentários que já tive a oportunidade de assistir.
No meu caso, especialmente, não só pelo seu conteúdo, mas também por sua apresentação: tive a felicidade e o Kharma positivo de poder assistir ao filme na presença de Dilgo Khyentse Yangsi Rinpoche, na Rollins Cathedral, na Universidade de Dartmouth, NH, USA,  como parte das comemorações do centenário do nascimento do grande mestre.
O filme e atmosfera se fundiam em um espetáculo esplendoroso de saudade e rejuvenicimento do mestre que tantos conheceram e amaram e que agora está novamente entre nós. (veja http://bit.ly/bJpl0y).
Este filme, quando disponível no mercado, é recomendável para todos, não só budistas, mas todas as pessoas que terão a possibilidade de fazer uma conexão especial e aprender muito sobre a arte, história, religião, reverência e carisma. Arrepia-me só de sobre ele falar.
Recomendo-o a todos. Assistir a “Brilliant Moon” é sentir dentro de nós a lua brilhar e seu brilho refletir em nossos corações; traz-nos confiança ao sentirmos a tudo que ele experienciou em sua vida.
Nas palavras de Dilgo Khyentse Rinpoche: “Be the master of your destiny”, i.e.,  seja o mestre do seu próprio destino.
The Autobiography of Dilgo Khyentse
Reviews of Brilliant Moon


"It gives me immense pleasure to know that this authentic account of the life and activities of Dilgo Khyentse Rinpoche, whom I am fortunate to revere among my own precious teachers, has been prepared to remind those who knew him and inform those who did not.”—His Holiness the Fourteenth Dalai Lama



"He was a great leader, and just like a majestic American Indian chief or a distinguished samurai general, Dilgo Khyentse Rinpoche was never affected by chaotic or difficult circumstances, however tumultuous. He always remained quite still, like a mountain, effortlessly exuding an all-pervasive confidence that evoked confidence in those around him, and an absolute, unshakeable equanimity.”—Dzongsar Khyentse, author of What Makes You Not a Buddhist




Description of Brilliant Moon
Through lively anecdotes and stories this highly revered Buddhist meditation master and scholar tells about his life of study, retreat, and teaching. The formative events of Dilgo Khyentse Rinpoche’s life, and those insights and experiences that caused him to mature into the warm, brilliant, and highly realized meditation master and teacher he was, are deeply inspiring. The second half of the book comprises recollections by his wife; his grandson, Shechen Rabjam Rinpoche; Tenga Rinpoche; the Queen Mother of Bhutan; and many prominent teachers.

Não esqueça

Dzongsar Khyentse Rinpoche e Ani Zamba Chozom - em Hong Kong, recentemente


Não esqueça o Lama; reze para ele a todo momento.
Não deixe a mente se distrair; observe a essência da sua mente.
Não esqueça a morte; persista no Dharma.
Não esqueça os seres sencientes; com compaixão dedique seu mérito a eles.
Dilgo Khyentse Rinpoche (Tibete, 1910 – Butão, 1991)
citado por Sogyal Rinpoche, em prefácio para “Brilliant Moon”, de Dilgo Khyentse Rinpoche (Tibete, 1910 – Butão, 1991)

25 de outubro de 2010


P: Qual a diferença entre o significado do termo Sangha nas diferentes escolas?

R: No Theravada a Sangha se refere aos Arahants, ou seja aos que se realizaram.
No Mahayana em geral a Sangha é a dos monges, (em japonês uma palavra para monge é "soryu" que significa "aquele que entrou na Sangha") mas por extensão assim nos referimos a toda a comunidade.

Quando se toma refúgio na Sangha não o fazemos em pessoas, isto teria o mesmo sentido que pensar que, sendo um motor constituído de pedaços de ferro, pudessemos chamar a estes pedaços de "motor", eles só o são dentro de determinado arranjo e aí tem grande força. Assim o conceito Sangha é muito mais que meramente pessoas, da mesma forma que no símile citado.


Fonte: http://opicodamontanha.blogspot.com/2010/10/o-refugio-na-sangha.html

20 de outubro de 2010

Natureza Humana

Uma das coisas que aprendemos com a meditação, quando descemos lentamente dentro de nós mesmos, é que a noção de paz já existe em nós. Todos a desejamos profundamente mesmo que esse desejo esteja muitas vezes oculto, disfarçado, distorcido. Se examinarmos a natureza humana com cuidado, veremos que é boa, bem-intencionada, solícita. (Dalai Lama, O Livro de Dias, Sextante)

19 de outubro de 2010

OS ASPECTOS POSITIVOS DA MORAL BUDISTA

OS ASPECTOS POSITIVOS DA MORAL BUDISTA
Texto de de H. Saddhatissa,
extraído do livro"Os Aspectos Negativos da Moral Budista"


O ensinamento do Buda foi descrito em três curtos axiomas:
Pare de fazer o mal;
Aprenda a fazer o bem;
Purifique sua própria mente.
A primeira linha resume o código moral contido nos cinco preceitos. Esta representa, entretanto, apenas a retirada das ervas daninhas do solo, e o trabalho construtivo começa com a segunda linha: aprenda a fazer o bem.
Diversas listas de estados "saudáveis" ou de "coisas a serem incentivadas" estão espalhadas por toda a literatura budista, e estas são contrastadas com estados "não-saudáveis", ou coisas que devem ser desencorajadas. Um dos mais proeminentes estados "saudáveis" é o dãna - que significa "dar".
O dãna adquiriu, com o decorrer dos séculos, um significado mais restrito e materialista - com o princípio do caritas do Novo Testamento. Mas, se observarmos as primeiras descrições e ilustrações do dãna, descobriremos que esta não era a sua intenção original.
O que deve ser incentivado não é o ato de dar às instituições de caridade de tempos em tempos, não éum pagamento mecânico de dízimos, nem tampouco, grosso modo, o hábito de comprar uma "consciência leve" pelo preço mais barato. O dãna implica o desenvolvimento gradativo do desejo de dar - quando quer que surja a necessidade.
Os leitores ocidentais provavelmente compreenderiam melhor o espírito de virtude do dãna budista se nos remetêssemos a uma descrição do caritas da Epístola aos Coríntios:

"E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado (como um sacrifício), e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, ébenigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se enche de soberba... Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal."
Aqui, somos trazidos a um outro aspecto da virtude budista: o mettã. O dãna é uma manifestação superficial de interesse pelo bem-estar de outrem, o mettã (freqüentemente traduzido como a benevolência) engloba tudo que diz respeito a esse bem-estar. Desenvolver o mettã é desenvolver um estado mental onde as alegrias e tristezas, o bem-estar e os problemas alheios sejam tão importantes para mim quanto os meus próprios. O mettã requer a destruição de barreiras no pensamento do indivíduo entre ele mesmo e o resto da humanidade. Diz-se, freqüentemente, que os seguidores do Buda deveriam empenhar-se em sentir por todos os homens - parentes, amigos, conhecidos e inimigos - o mesmo que uma mãe sente por seu filho. É uma tarefa difícil, não resta a menor dúvida, mas, ao mesmo tempo, segundo o código budista, desejável, antes que qualquer progresso no desenvolvimento espiritual seja possível.
Uma outra virtude indispensável, ligada ao mettã, e talvez ainda um pouco mais difícil de ser compreendida por aqueles que não são budistas, é a "transferência de mérito". São Paulo diz que o amor "não busca seus interesses". A virtude budista de transferência de mérito pode ser considerada como um desenvolvimento deste tema. Foi dito «Pare de fazer o mal; aprenda a fazer o bem"; mas a hora chega em que nos devemos dar conta de que na abstinência do mal e na perseguição do bem há um egoísmo inerente. "Torna-se aparente para mim que estou fazendo o bem para que eu possa colher seus benefícios - sejam eles uma forma de respeito crescente pelos outros ou simplesmente por mim mesmo. Estou trabalhando e lutando para que possa ir para o céu - seja este céu um mundo além da morte povoado por anjos que tocam harpas, ou seja ele um estado de bem-estar e auto-satisfação nesta vida." É neste ponto que a prática de "transferência de mérito" deve ser desenvolvida, O budista aprende a desejar que os benefícios de suas boas ações retornem não apenas para ele, mas para toda a humanidade. Cada ato de generosidade, cada ato de amor não deverá mais somar-se à minha conta pessoal, mas sim ao benefício de todos. Mais precisamente como uma corrente que alimenta o oceano e que não é reabastecida pela mesma água, porque a água não flui de volta para ela, mas, com o correr do tempo, pela queda das chuvas.
A prática de transferência de mérito é uma tarefa difícil de se realizar; os obstáculos são muitos e sutilmente disfarçados, embora seja um conceito que muitos de nós deveriam levar em consideração.
Finalmente, neste estudo breve e necessariamente superficial das práticas budistas "saudáveis", devemos considerar a virtude de "regozijar-nos com o mérito de outras pessoas". Que tal virtude seja extremamente difícil de se atingir, podemos deduzir através da leitura das admoestações de Sta. Teresa d’Ávila e do autor de The Cloud of Unknowing.Esse "regozijar-se no mérito de outras pessoas» não pode ser experimentado até que uma considerável quantidade de benevolência (mettã) tenha sido desenvolvida, e até que alguma tentativa de compreender o conceito de "transferência de mérito" tenha sido feita. Regozijar-se com o mérito de outra pessoa pode ser infinitamente mais difícil do que regozijar-se com a promoção de um encontro de outra pessoa que você desejava. Aqui, mais uma vez, a virtude não deve ser cultivada para interesses próprios - porque o Buda disse que não. Regozijar-se com o mérito de outras pessoas, em sua excelência moral e em seu crescimento espiritual, é um dos métodos sugeridos que o seguidor do Buda achará útil na derrubada das barreiras artificiais que erigiu entre si e o outro.

18 de outubro de 2010

Cem Recomendações para a vida

 


  1. Descubra seu maior defeito e disponha-se a corrigi-lo.
  2. Escolha até três exemplos de vida e determine-se a segui-los.
  3. Tenha força e sabedoria para resistir às tentações do mundo.
  4. Cultive a força da tolerância de forma a compreender, aceitar, assumir responsabilidades, ter determinação e melhorar as circunstâncias externas. Então, passe a cultivar a tolerância pela vida, a tolerância por todos os darmas e a tolerância pelos darmas não-surgidos de maneira a transformar o cultivo da tolerância em força e sabedoria.
  5. Aprenda a se adaptar à pressão externa e não se deixe afetar por ela.
  6. Seja ativo e destemido. Pense antes de agir.
  7. Envergonhe-se do que ignora, do que é incapaz, do que o torna impuro e rude.
  8. Faça com freqüência algo que toque o coração das pessoas.
  9. Sinta-se bem sob qualquer circunstância, siga as condições corretas, esteja sempre livre de aflições e faça tudo com alegria no coração.
  10. Ser corajoso e virtuoso é ter a capacidade de admitir os próprios erros.
  11. Aprenda a aceitar perdas, falsas acusações, contratempos e humilhações.
  12. Não inveje aqueles que praticam boas ações ou dizem boas palavras. Tenha sempre na mente, bondade e beleza.
  13. Não empurre os outros para a beira do abismo; ao contrário, dê-lhes espaço para recuar — um dia eles poderão lhe ajudar.
  14. Sirva àqueles que desejam fazer o bem, compartilhe um objetivo. Favoreça os outros e respeite seus anseios.
  15. Seja amável e humilde ao relacionar-se com as outras pessoas. Expresse bondade em seu semblante e em sua fala.
  16. A capacidade de doar traz abundância verdadeira.
  17. Importe-se apenas com o que é certo ou errado; não se fixe em perdas e ganhos.
  18. Deixe de lado pensamentos egoístas e dedique-se à justiça, à verdade e ao bem comum.
  19. Viaje pelo mundo sob o céu estrelado. Vivencie a prática da procissão de mendicância pelo menos uma vez na vida.
  20. Abra mão de todas as suas posses ao menos uma ou duas vezes na vida.
  21. A cada quatro ou cinco anos, empreenda uma viagem sozinho.
  22. Não se deixe cegar pelo amor. Não se traia por dinheiro.
  23. Não bata de frente com as coisas — aprenda a arte de ser sutil.
  24. Não há êxito sem persistência, diligência e determinação.
  25. Desenvolva autoconfiança, expectativas em relação a si mesmo e metas pessoais.
  26. Procure ouvir boas palavras e jamais esqueça o que elas significam.
  27. Não desperdice o seu tempo. Faça planos e use o tempo com sabedoria.
  28. Seja sempre sensato, pois a sensatez é imparcial e igual para com todos.
  29. Lembre-se dos erros cometidos. Tenha-os sempre em mente para não repeti-los.
  30. Seja qual for a sua função, desempenhe-a bem. Não olhe para os lados.
  31. Faça tudo com boa intenção, verdade, sinceridade e beleza.
  32. Não se apegue ao passado. Olhe sempre adiante.
  33. Lute sempre pelos seus objetivos e vá longe.
  34. Planeje sua carreira, use seu dinheiro com sabedoria, purifique seus sentimentos e não se apegue a fama e riqueza.
  35. Desenvolva compreensão e visão corretas. Não se deixe levar cegamente pelos outros.
  36. Renuncie a apegos insensatos e aceite a verdade com mente humilde.
  37. Não faça intrigas nem espalhe rumores. Não se deixe influenciar por eles.
  38. Aprenda a desenvolver sua mente, reformar seu caráter, recuar e dar guinadas em na vida.
  39. Cultive méritos por meio de doações que estejam de acordo com sua capacidade, função, disposição e condição.
  40. Creia profundamente no Darma e contemple todas as virtudes. Nunca faça o mal; pratique sempre o bem.
  41. Não culpe os céus nem os outros por sua infelicidade, pois tudo tem sua causa e seu efeito.
  42. Pense no bom e belo ao invés de pensar no que é triste e penoso.
  43. Conquiste ao menos três tipos de habilitação ao longo da vida, como, por exemplo, para guiar automóveis, cozinhar, digitar, cuidar de enfermos, exercer a medicina, o magistério, o direito, a arquitetura etc.
  44. Aprenda a articular bem a fala e a escrita. Aprenda a ouvir, a apreciar, a pensar, a cantar, a pintar e a desenvolver habilidades. Quanto mais se aprende, melhor. Aprenda, ao menos, metade disso tudo.
  45. Leia ao menos um jornal por dia, para se manter em dia com o mundo.
  46. Leia pelo menos dois livros por mês.
  47. Mantenha uma rotina diária.
  48. Cultive hábitos regulares de sono e alimentação.
  49. Pratique exercícios físicos.
  50. Mantenha-se longe de cigarro, álcool, pornografia e drogas. Administre e controle sua própria vida.
  51. Pratique meditação por, pelo menos, dez minutos todos os dias.
  52. Passe, pelo menos, metade de um dia sozinho, uma vez por semana.
  53. Ao menos uma vez por mês, pratique o vegetarianismo, para nutrir seu coração de compaixão.
  54. Ajude os outros e faça o bem sem esperar nada em troca.
  55. Compartilhe sua alegria e compaixão com os demais.
  56. Mantenha a capacidade de se auto-avaliar sob qualquer circunstância.
  57. Reze pelos desafortunados, onde quer que você esteja.
  58. Seja preciso em suas observações. Considere todos os ângulos e seja tolerante e compreensivo em relação aos outros.
  59. Aprecie a vida, cuide dela e não a maltrate jamais.
  60. Use seu dinheiro e suas posses com sabedoria. Não desperdice nem gaste demais.
  61. Em tempos de alegria, contenha a sua fala; no infortúnio, não despeje sua raiva sobre os outros.
  62. Não enalteça seus próprios méritos nem aponte os erros alheios.
  63. Não inveje nem suspeite. Méritos advêm das realizações e da ajuda aos outros.
  64. Não seja ganancioso em relação às posses alheias, nem mesquinho em relação às suas.
  65. Demonstre coerência entre atitude e pensamento. Não seja iluminado na teoria e ignorante na prática.
  66. Não fique sempre pedindo ajuda aos outros. Busque ajuda dentro de si mesmo.
  67. Faça de sua própria conduta um bom exemplo. Não espere benevolência dos outros, mas de si mesmo.
  68. Cultivar bons hábitos é a melhor maneira de manter uma vida íntegra e saudável.
  69. É melhor ser não-inteligente do que não-compassivo.
  70. A mente otimista é contemplada com um futuro brilhante.
  71. Construa seu próprio destino. Corra atrás das oportunidades ao invés de esperar que elas caiam do céu.
  72. Controle suas emoções e seu humor: não se deixe levar por eles.
  73. Elogio e ofensa fazem parte da vida. Não se apegue a eles — conserve sempre a paz interior.
  74. A doação de órgãos ajuda a prolongar a vida além de propiciar recursos para as vidas de outros seres.
  75. Ouça o que os outros têm a dizer e anote a essência do que eles dizem.
  76. Olhe para si mesmo antes de acusar os outros. Somente uma avaliação honesta de seus méritos e de méritos lhe dá o direito de julgar os demais.
  77. Cumpra suas promessas.
  78. Não viole o direito dos outros para beneficiar a si próprio. Favorecer os demais, às vezes, é imperioso.
  79. Não sinta prazer em ridicularizar os outros. Ao contrário, aprenda a fazê-los felizes.
  80. Não critique, por inveja, a benevolência do outro. Respeite-o e siga seu bom exemplo.
  81. Não use de traição para obter vantagens.
  82. Os privilégios devem, antes de tudo, ser oferecidos às outras pessoas.
  83. Aprenda a aceitar as desvantagens. Saiba que, na verdade, elas são vantagens.
  84. Não se apegue a perdas e ganhos. Não faça comparações entre o que você e os outros têm ou deixam de ter.
  85. Seja sincero, impetuoso e educado.
  86. Harmonia, paz e tranqüilidade são a chave para o relacionamento com as pessoas.
  87. Respeito, reverência e tolerância são a tríade para manter boas relações com o mundo.
  88. A raiva não resolve problemas. Somente uma mente tranqüila e pacífica pode ajudar você a lidar com a vida.
  89. Relacione-se com pessoas virtuosas e bons mestres.
  90. Não contamine os outros com sua tristeza, nem leve preocupações para a cama.
  91. Busque prazer e alegria em tudo o que faz, e transmita isso a todos.
  92. Seja grato aos benevolentes e aos que prestam auxílio. Deixe-se tocar por seus atos virtuosos.
  93. Dê um toque de serenidade a tudo o que você fizer na vida.
  94. Não existe dificuldade ou facilidade absolutas. O esforço transforma dificuldade em facilidade, enquanto a indolência torna o fácil difícil.
  95. Ajude seus vizinhos e sua comunidade e participe dos eventos locais. Assim, você se tornará um voluntário da humanidade.
  96. Só a humildade gera o bem. A arrogância não traz nada mais que desvantagem.
  97. Aproxime-se de mestres virtuosos. Ouça-os, seja leal e não os desacate.
  98. Ajudar os outros é ajudar a si mesmo. Ter consideração pelos outros significa cuidar e amar a si próprio.
  99. Dê aos jovens oportunidades e ofereça-lhes orientação sempre que necessário.
  100. Cuide de seus pais e seja amoroso com eles. 



Cômputo Final
























Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz. Se não há mais amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que você tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final. (Dalai Lama, O Livro de Dias, Sextante)

16 de outubro de 2010

Koan - Soldados da humanidade

 Uma divisão do exército japonês estava envolvido em uma batalha simulada e um dos policiais achou necessário fazer a sua sede/quartel no templo de Gasan.

Gasan disse ao seu cozinheiro: "Que os policiais têm apenas a mesma refeição simples que nós comemos."
Isso deixou os homens do exército com raiva,eles estavam acostumados a receber tratamento muito respeitoso.  


Um chegou a Gasan e disse: "Quem você acha que nós somos Nós somos soldados, sacrificando nossas vidas para o nosso país Por que vocês não nos tratam de acordo?".
Gasan respondeu com firmeza:


"Quem você acha que nós somos???
Nós somos soldados da humanidade, com o objetivo de salvar todos os seres sencientes".

15 de outubro de 2010

Significado do culto a Buda


Observadores superficiais tentam apontar o paradoxo de que o Buda, que quis libertar a humanidade da dependência de deuses e da crença em um Deus criador arbitrário, acabou ele mesmo endeusado nas formas posteriores de budismo.
Eles não compreendem que o Buda que é cultuado não é a personalidade histórica do homem Sidarta Gautama, mas a corporificação das qualidades divinas, que são latentes em todo ser humano e que se tornaram aparentes em Gautama e em inúmeros Budas antes dele.
Não vamos confundir o termo “divino” — mesmo o Buda dos textos Pāli não evitou classificar a prática das mais altas qualidades espirituais na meditação (como amor, compaixão, alegria empática e equanimidade) como “permanecer em Deus” (brahmavihāra) ou “estado divino”.
Então, não foi o homem Gautama que foi elevado ao status de um deus, mas sim o “divino” que foi reconhecido como uma possibilidade de realização humana. Assim, o divino não perdeu valor, mas ganhou; porque à partir de uma mera abstração, se tornou uma realidade viva; de algo que era apenas acreditado, passou a ser algo que podia ser vivenciado. Então não foi uma queda para um nível inferior, mas uma elevação, uma ascensão de um plano de realidade inferior para outro superior.
Assim, os Budas e Bodisatvas não são meramente personificações de princípios abstratos — como aqueles deuses que são forças da natureza personificadas ou qualidades psíquicas que o homem primitivo só podia entender através de formas semelhantes à humana —, são protótipos daqueles estados mais elevados de conhecimento, sabedoria e harmonia que foram atingidos pela humanidade e sempre serão realizados de novo e de novo.
Independente se esses Budas são concebidos como surgindo sucessivamente de tempos em tempos (como seres históricos, por exemplo, na tradição Pāli) ou como imagens além do tempo, arquétipos da mente humana (que são visualizados em meditação e, portanto, chamados de Dhyāni-Budas) eles não são alegorias de perfeições transcendentais ou de ideais inalcançáveis. São símbolos e experiências visíveis da realização espiritual em forma humana.
Porque para nós a sabedoria só pode se tornar uma realidade se ela for realizada em vida, se ela se tornar parte da existência humana.
Lama Anagarika Govinda (Alemanha, 1898 ~ EUA, 1985)
“Foundations of Tibetan Mysticism”, parte 3 | 1

9 de outubro de 2010

GLOBO REPÓRTER - Meditação reduz a ansiedade e o estresse e auxilia na cura de doenças


Existe um mundo de possibilidades ao nosso redor. Como perceber cada detalhe, se é uma enxurrada de informações inundando nosso cérebro o tempo todo? E nem sempre estamos atentos. Qual o melhor caminho a seguir? Como ativar determinadas áreas do cérebro que podem nos ajudar a viver mais e melhor? Passo a passo, vamos tentando descobrir.
Os cientistas já têm o mapa e estão pesquisando os benefícios de uma técnica milenar que veio do oriente: a meditação. Ela pode ser um guia muito útil.
Fomos a um sítio a poucos quilômetros da cidade de São Paulo. Nesse encontro, vamos conhecer voluntários de um estudo clínico que está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Eles são pacientes do Hospital de São Mateus, um bairro pobre na periferia da cidade.
O pedreiro Paulo Pedrosa da Silva, de 76 anos, conta que nunca tinha ouvido falar em meditação. “Não vou falar para senhora que é fácil, mas também não é difícil, porque tudo vai depender de cada um de nós”, comenta.
Esses senhores e senhoras estão aprendendo a estimular o cérebro através da meditação. “Eu comecei a fazer a meditação e comecei enxergar dentro de mim. O que eu precisava fazer para mim. Eu sou diabética, hipertensa, tenho colesterol altíssimo. Aprendi a me alimentar, aprendi a esperar e a ouvir. E eu fui melhorando. Não tive mais crise de diabetes, não tive mais a hipertensão que subia”, revela Nilda Maria de Jesus, de 64 anos.
Nilsa de Souza Silva, de 76 anos, conta ainda que até aposentou a bengala. “Hoje, eu estou outra. Dois anos atrás, eu fiz o exame. Tinha coluna desviada, bico de papagaio e artrose. Um mês atrás, fiz o exame novamente, e o médico me garantiu que eu não tenho nada na coluna. E eu estou toda feliz”, diz.
“A pessoa passa a encarar a realidade de outro jeito. Disso, decorre uma mudança postural, uma mudança na vitalidade, na imunidade, porque isso atua no que hoje se chama de um único sistema psico-neuro-imuno-endócrino. Então, na medida em que você atua na nascente desse rio, ele cascateia de forma diferente, e o resultado final é outra água, é outro resultado. E no final, você vai ter saúde”, explica o médico gerontólogo Fernando Bignardi, da Unifesp.
Na Universidade de Brasília (UnB), outra pesquisa está avaliando os efeitos da meditação no cérebro de pacientes do hospital universitário, que tiveram câncer de mama.
“Ela (a meditação) deprime as emoções negativas, reduz os hormônios do estresse, aumenta os hormônios como a melatonina, que é um hormônio que ativa o sistema imunitário, deprime as células tumorais. Então, o sistema de defesa, os três sistemas das pessoas começam a funcionar de maneira normal, de maneira equilibrada, de maneira harmônica, de maneira plena. E vem a cura”, aponta o professor titular de Imunologia Carlos Alberto Tosta, da UnB.
“Vinha aquela bateria de exames de A a Z. De primeiro, quando falavam em cintilografia, petscam, esses nomes davam medo. Você está sempre em alerta”, conta a geógrafa Eliane de Nascimento Pinto.
Tudo indica que a prática da meditação reduz a ansiedade e o estresse. “Cortisol é o hormônio do estresse. Com a diminuição do cortisol, há também a diminuição desse estresse, no caso, não só psíquico, com a luta contra a doença, mas também do estresse físico. O organismo é muito atingido por esses tumores que começam a se reproduzir”, declara o psiquiatra Juarez Castellar, da UnB.
É importante frisar que todas as pacientes fizeram o tratamento convencional para combater o câncer. “Não é uma alternativa ao tratamento convencional. É um complemento ao tratamento convencional”, ressalta o professor Carlos Alberto Tosta, da UnB.
“Eu levei a sério. Eu fazia de manhã e à noite, como se fosse um remédio que eu estava tomando”, conta a professora aposentada Janes Castro Teixeira.
“No final, quando nós fizemos o levantamento desses minutos meditados, as que meditaram maior tempo tiveram resultados melhores”, revela o psiquiatra Juarez Castellar.
Foi o que mostrou também aquele o clínico feito com os idosos de São Mateus, que começou em fevereiro deste ano. Mais de 70% melhoraram a postura. Quase 60% passaram a dormir melhor e a sentir menos dores.
“Com dois meses da efetiva prática, nós fizemos uma avaliação, com entrevistas individuais. E foi uma surpresa, porque o depoimento das pessoas mostrava essa mudança, mudança na postura, mudança no humor, que é uma coisa maravilhosa”, afirma a diretora Maridite Oliveira, do Hospital Geral de São Mateus.
Desligar dos problemas e fazer uma viagem para dentro de nós mesmos em um sítio não parece tão difícil. Mas será possível esquecer completamente o mundo exterior, se concentrar e meditar estando no meio da cidade grande, com todos os ruídos que ela tem, mais a pressa, o movimento e a poluição?
A psicóloga Helena Fontes garante que sim. Foi em um momento de crise que ela começou a meditar. “Eu estava passando por uma fase muito doída da minha vida, estava me separando e foi doído. Quando eu medito, não vou para nenhum lugar. Eu fico na minha presença, comigo mesma”, conta.
“Quando você vê, por exemplo, um ventilador em movimento, você não consegue ver rápido aquelas hélices. Você sabe que tem lá, e a meditação ela te dá uma pausa para a vida. Você consegue ver na sua vida sutilezas da vida, mas isso quem te traz é a prática de uma meditação. Isso não é místico. Não tem nada a ver com isso. É apenas a atenção”, ressalta a psicóloga. “As guerras internas se acalmam. Você vê a hélice do ventilador direitinho e você se refresca”.
Uma pesquisa, realizada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, avaliou os efeitos da meditação intensiva no cérebro. “Tem muitos benefícios imunológicos, muitos benefícios psicológicos, tem muitos benefícios psiquiátricos, cardiovasculares, sem dúvida nenhuma. Provavelmente, tudo beneficia na meditação”, afirma o neurologista João Radvany, do Hospital Albert Einstein.
Os voluntários foram divididos em dois grupos: os que estavam habituados a meditar, como a Helena, e os que nunca haviam meditado antes. A neuropsicóloga Ivanda Tudesco participou do estudo e se surpreendeu.
Apesar das dores no joelho e da dificuldade para começar a meditar, ela acha que valeu. “Eu acho que eu saí diferente. A palavra seria: ‘mais focada’, nos meus objetivos, no que eu estou fazendo aqui e agora”, aponta Ivanda.
“Para um iniciante, o grande ganho é aprender a relaxar e ao mesmo tempo manter a atenção. Não é simplesmente relaxar para dormir, mas é relaxar a tal ponto que você consegue desempenhar as suas atividades e, muitas vezes, desempenhar as atividades até melhor do que antes que você não praticava a meditação”, conta a pesquisadora Elisa Kozasa, do Instituto do Cérebro, do Hospital Albert Einstein.
Os primeiros resultados indicam que a área do cérebro responsável pela atenção fica bastante ativada nas pessoas que meditam. Conhecendo o caminho, fica mais fácil chegar lá.

Fonte: G1

O novo rosto do Tibete: o Karmapa

Fonte: REVISTA GEO

leia a reportagem na íntegra, ao acessar o link abaixo: 

http://revistageo.uol.com.br/cultura-expedicoes/15/artigo178145-1.asp




         " Um momento simbólico em Dharamsala, na Índia: comemorou-se o aniversário de 74 anos do Dalai Lama, sem a presença do festejado. Em seu trono um jovem monge, de 24 anos, um refugiado e figura política de grande relevância. E a maior esperança dos tibetanos. Acompanhe uma visita pessoal àquele que se mantém à espera de exercer seu papel, às vésperas de mais uma comemoração pelo aniversário do líder

Por Andreas Hilmer (TEXTO) e G.M.B. Akash (FOTOS)


"NÃO ESSE KARMAPA de novo!" O policial indiano inspeciona nossos documentos de mau humor. No papel de carta vermelho de Sua Santidade está escrito: "Request for taking pictures of His Holiness the Karmapa during a day course of his schedule", um pedido de permissão para tirar fotos de Sua Santidade, o Karmapa, no decorrer de um dia de sua agenda.
O policial balança a cabeça. Esse Karmapa, um refugiado de 24 anos, e sua misteriosa popularidade parecem enervá-lo.
Viajamos ao norte da Índia para conhecer um Buda vivo. O líder espiritual da poderosa ordem Kagyü, em cuja sabedoria e determinação muitos dos mais de 6 milhões de tibetanos espalhados pelo mundo depositam sua esperança. Um jovem exilado que, apesar disso, não passa de um suplicante, tolerado pelo governo indiano; um objeto político que precisa ser protegido e guardado 24 horas por dia. Para que não diga nada que possa irritar os chineses. E para que nada lhe aconteça, que o mundo possa cobrar dos indianos.
Por essa razão, temos que ficar sentados aqui, antes de nosso primeiro encontro com Sua Santidade: na sala número 8 do Departamento de Polícia, no Distrito de Kangra. Registro de estrangeiros, seção Tibete. Seção Segurança. Montanhas de pastas se esparramam em ondas sobre mesas e armários. O oficial responsável pelo refugiado Karmapa ajeita cuidadosamente seu cabelo.
"O que vocês europeus sempre querem com esse homem?", pergunta, "vocês são cristãos, ou não?" Ainda bem que Akash, o fotógrafo, está esperando lá fora, no carro. Ele é muçulmano, o que teria deixado o policial mais desconcertado e desconfiado ainda. Então ele joga nosso pedido como uma fruta podre sobre a escrivaninha.

"You sit, you wait". ("Você senta, você espera").
Com uma expressão petrificada ele começa a manusear seus carimbos. "Karmapa, Karmapa, Karmapa!", exclama ele, e anda pelo edifício com nossos passaportes, como se tivéssemos feito um pedido imoral.
Depois vira e revira as câmeras do fotógrafo em suas mãos.
"O que é que vocês querem fotografar lá?"

5 de outubro de 2010

2 tipos de desafio


"No budismo, existem dois tipos de desafio: o primeiro é entender a vastidão e a profundidade da filosofia budista;
o segundo é aceitar o aspecto de simplicidade do budismo.

O primeiro desafio é difícil, mas pode ser vencido  se estudar, ler e ouvir os argumentos filosóficos repetidas vezes.


O segundo é extremamente difícil de ser vencido porque é fácil demais" 


(Dzongsar Khyentse Rinpoche - Site Buda de Ipanema -)

4 de outubro de 2010

Forma e Vacuidade


Forma é aquilo que está lá antes de projetarmos nossos conceitos. É o estado original “daquilo que está aqui”, as qualidades coloridas, vívidas, impressionantes, dramáticas e estéticas que existem em toda situação.
Forma pode ser uma folha de bordo caindo da árvore e pousando no rio da montanha; pode ser a luz plena do luar, uma sarjeta na rua ou um monte de lixo. Essas coisas são “o que são”, e de certo modo são todas a mesma coisa: são todas formas, são objetos, são apenas o que são.
Avaliações sobre elas são criadas somente depois em nossas mentes. Se realmente olharmos para essas coisas como elas são, são apenas formas.
Então, forma é vazia. Mas vazia de quê? Forma é vazia de nossas pré-concepções, vazia de nossos julgamentos.
Chogyam Trungpa (Tibete, 1939 – Canadá, 1987)
“The Heart Sutra: Translations and Commentary”
Tricycle’s Daily Dharma, 30/09/2010

2 de outubro de 2010

Antigas Orientações sobre Meditação

Nas instruções de meditação antiga, diz-se que no início, os pensamentos vão chegar um em cima do outro, sem interrupção, como uma cascata caindo de uma montanha íngreme. 

 Gradualmente, à medida que a meditação se aperfeiçoa, os pensamentos tornam-se como a água em um desfiladeiro estreito e profundo,

e em seguida, como um grande rio percorrendo lentamente seu caminho sinuoso para o mar e,


finalmente, a mente torna-se ainda como um oceanocalmo e plácido, interrompido por apenas uma ondulação ocasional ou uma onda.

1 de outubro de 2010

A Natureza do Mestre


Dudjom Rinpoche
Dudjom Rinpoche
Já que a consciência pura do presente é o verdadeiro buda, com abertura e contentamento encontramos o Lama em nosso coração. Quando compreendemos que essa mente natural sem fim é a natureza do mestre, não há mais necessidade de preces apegadas e ansiosas ou reclamações artificiais.
Ao simplesmente relaxar no estado desperto não conceitual, o estado natural livre e aberto, obtemos a benção da auto-liberação não dirigida de qualquer coisa que surja.
Dudjom Rinpoche (Tibete, 1904 – França, 1987)
citado por Sogyal Rinpoche, em prefácio para “Brilliant Moon”, de Dilgo Khyentse Rinpoche (Tibete, 1910 – Butão, 1991)

Dalai Lama em quadrinhos

Reportagem do portal O GLOBO

CLIQUE PARA AMPLIAR